Coisas e Não Coisas Perdidas: O Velho.


Pra onde vão as coisas que a gente perde? Eu fico imagino, como se a gente não perdesse realmente. Pra mim, é com se alguém estivesse sempre a postos, esperando que nos descuidemos de alguma coisa a ponto de que quando aquela coisa suma, nos perguntemos "onde foi mesmo que eu deixei?".

Pensando nisso, estou começando a escrever uma serie de histórias de "coisas" e "não coisas" perdidas. Sim coisas e não coisas, a primeira "historinha" é sobre uma "não coisa", só pra ilustrar meus pensamentos, e se chama:

"O Velho"
"Um dia eu perdi minha juventude... Fiz cartazes, preguei nas arvores e postes pela rua inteira, então eu percebi que eu tinha idade suficiente para andar pelo bairro, e andei, pelo bairro inteiro procurando e pregando mais cartazes. De tão grande que era o bairro eu perdi muito tempo, o bairro virou cidade que virou estado, logo eu já procurara por outros países e nada. A procura havia me deixado mais velho ainda.

Perdi minha juventude buscando por ela. Então, eu me perdi também.

Perdido eu vim parar aqui, onde nem eu mesmo sei que estou, afinal, se eu soubesse já não estaria perdido e não estaria aqui, inerte. Sim, inerte, por não saber como vim parar aqui não faço ideia de como sair daqui... e como não sei pra onde ir... eu apenas fico."


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Agradecimento especial a Marcos Genú, que dividiu essa ideia comigo e me deixou escrever a respeito do meu jeito. Só um aviso, a partir dessas histórias vamos produzir um filme, que provavelmente não será um curta :)

A Verdade Sobre o Padrão - parte II

Já estávamos na varanda da minha casa, eu ainda não dizia nada, ela também não, nem era preciso. Ela estava mais perfeita do que nunca. Estranhamente, comecei a notar algumas coisas diferentes nela. Ela usava um batom vermelho que eu não recordava de tê-la visto usando antes, era estranho, pois parecia ser a cor que outro afeto, um mais fraco, costumava usar. Notei nela, algumas diferenças que me faziam lembrar de algumas mulheres que tive depois dela.

Pele branca, pálida. Cabelo c... Não adiantaria listar o que eu amava nela, eu amava quem ela era, por isso que procurei por ela em todas as seguintes, em vão. Mesmo aqueles olhos, que quando se repetiam em outras faces geravam amor instantâneo no meu peito, não eram suficientes para... Eu nem sabia o que eu procurava.

Vendo nela as outras que se passaram, como ela, vi que o que eu procurava era justamente ela. Quando eu finalmente entendi, de todos os lados pessoas sujas começaram a vir, eu lutei com eles, não foi difícil afastá-los, mas logo em seguida ela me disse que tinha que ir:

- Não vá, não agora.

- Eu volto, só tenho que ir "bem ali".

Ela disse e eu acreditei. Entrei em casa, perguntei pra quem estava lá se viam ela. Todos afirmaram. Ela era real, eu não estava vendo fantasmas.


(continua)

A Verdade Sobre o Padrão - parte I

Desde que a deixei, não houve um dia em que eu não tenha pensado nela. Mesmo assim, depois de tanto tempo, eu não poderia lembrar exatamente como ela era. Ela passou a ser pra mim o que eu idealizava que ela era. Era, pois ela está morta.

Eu estava saindo de algum lugar, puxei uma porta de correr para a direita e ao que a porta correu eu me assustei, antes mesmo que eu a pudesse ver completamente:

- Mas...

Eu não sabia o que dizer, eu não tinha o que dizer, ela estava morta, mas estava ali. Como? Será que de tanto desejar que estivesse viva, minha mente passou a me pregar peças? Depois de um ou dois segundos de espanto, eu a abracei tão forte que pude lembrar da densidade da pele dela e perceber que era igual, o aroma do shampoo que ela usava estava lá, a textura dos cabelos e a voz, eu sentia o timbre dela vibrar na minha pele.

- ... Como?

Eu não entendia e queria entender, mas não importava, ela só olhou pra mim, rio e disse:

- Depois.

Dali pra frente, não importaria o que ela dissesse, eu acreditaria e seguiria a risca. Nós caminhamos um pouco pela rua, até a minha casa, já no pátio de casa, no sentamos. Eu ficava olhando pra ela, observando e testando minhas lembranças, pra ver se estavam certas e se não, corrigi-las para que quando ela não estivesse comigo eu não tivesse que reinventar o que eu eu havia esquecido.

(continua)

O "E se" nosso de cada dia.


E se amanhã eu bater na tua porta, vai me receber?

E se amanhã eu te abraçar, vai corresponder?

E se amanhã eu te pegar no colo e te olhar nos olhos de perto... vai me aproximar o rosto do meu e me deixar te beijar?

Viva Saudade


E quando esquecer meu rosto?
E quando esquecer meu meu nome?
Quando esquecer o que eu fui?
Nada mais vai importar... eu já não serei nada.

Espero que ainda de saudade seja viva
A minha imagem nos teus olhos
Componha-se e recomponha meu rosto
Sou como um quebra-cabeças

Todas as peças estão na mesa
Estão na sua frente embaralhadas
Cabe a você o encaixe certo

Cabê a você não me deixar morrer
Ao menos na sua lembrança
Não me esqueça, não me mate.

Aleatoriedade Contemporânea


"Cidade quente essa minha... sorte que aqui é sempre assim... tão frio."

"Pronto, cheguei a uma conclusão sobre a felicidade: Felicidade é um momento de embriagues, quando só o que importa é o que o embriaga."

"Escrever algo belo não é, de maneira nenhuma, algo difícil. Bastar trocar palavras diretas por rodeios a ponto de estender-se até a beleza."

Compartilhando Histórias.


Mais uma vez eu estou aqui com o intuito de sempre, dizer besteiras que podem te fazer sentido, mas se não fizerem, acredite para alguém fará.

Eu, como sempre, continuo buscando aquela história que pode não ser perfeita, mas que assim me pareça.

Eu vi jorrar gotas de sangue de corações partidos a minha frente, enquanto eu ficava ali parado, só assistindo. Não ajudei, não impedi... Pois não sabia o que fazer.

Mas quando o coração caiu, praticamente desfalecido, eu me joguei e estiquei os braços para aparalo, amparalo. E ainda estou caindo...

O mundo é realmente redondo e sendo assim, a vida é ciclica. Tendo em vista esse conceito é possivel ter certeza que tudo volta. Tu podes achar que perdeu alguém e na próxima esquina encontrá-la.

Que sorte a minha, o mundo girou a vida badalou as doze horas e a história voltou ao começo. Re-encontrei alguém, por assim dizer.

E ainda não é o fim, uma vez eu vi um brilho cintilar no olhar que eu não conhecia. E tão logo, vim a conhecer... Não muito tempo depois, mas muito tempo pra mim, eu voltei a ver. Mas aquela estrela estava muito distante e era muito inconstante, tive que desistir pelo bem estar do meu coração... Que não está bem...

É preciso entender a natureza do escritor que voz compartilha tais pensamentos. Ele tem um grande coração ferido e esta ferida é tão grande que pode comportar o maior sentimento que já mais se ouviu falar.

Mais uma vez eu estou aqui com o intuito de sempre, contar histórias que tu podes não conhecer, mas acredite, alguém conhece.

Blá blá blá.. é tudo igual mesmo...


Já escrevi muito, eu sei, mas apesar da quantidade de palavras que eu gastei teclado a fora tentando explicar o que ninguém consegue, tem muito mais guardado....

Eis que começo outro verso
E desta vez me repetindo
Repentinamente como um repente
Que eu nem tenho certeza do que seja

Isso não é um soneto, ou não era pra ser
Aposto que ao final vou contar os versos
E terei o de sempre
Mais palavras repetidas

Do meu vocabulário inusitado
Dizendo exatamente outra vez
O que eu sempre digo...

Eu até ia terminar o verso
Na linha anterior a anterior a esta
Mas ai eu não seria eu e não faria sentido.

*Puf* E ele aparece...

As vezes, de repente, eu sumo...
- *Puf*
                           E lá se foi ele...

As vezes, de repente, eu quero voltar...
- ...
                           Mas já não sei se posso, ou se tenho pra onde voltar...

Eu me dedico tanto aos meus projetos as vezes, que esqueço o resto do mundo...
- ...
                           Queria só ter certeza que quer que eu volte...

Pra mim, seria pura pretenção minha querer que me queira quando eu pareço não querer-te...
                           Mas...
- Eu quero. Te quero... Mais que ontem e menos que amanhã. Quanto mais tempo longe, mais tempo quero estar perto...

E é tudo tão clichê que eu tenho até medo de escrever...

E *puf* lá se foi outra vez...

A World of Warcraft Wonder

"The War has come, it is time to go
If you cant Craft into this World
You'll fall with the pigs and ghouls"