Fragmentado III

Eu sei que ela já não está aqui, mas o rosto dela continua em meus olhos...

Histórias em Pedaços - parte VI : A Conclusão, não O Fim

Hoje eu falei com ela, quer dizer, não falei literalmente, mas nos comunicamos. Eu nem disse "oi" ou "como estás", de cara fui falando o que eu tinha planejado dizer. Diferente da maioria das vezes em que trocamos palavras, dessa vez eu não tive medo, quer dizer, um calafrio subio pela minha espinha e no meu estomago ondas iam e vinham, mas já não era mais medo.

Essa noite eu havia sonhado com ela, não sabia como ou o quê acontecia, mas sonhei com ela. No caminho pra casa, sozinho andei por varios quarteirões. Mas já não estava tão sozinho, ou não me sentia mais.

Ainda pode ser verdade que é sozinho que estou agora, pode até ser - e já me preparo para isso - que ela me diga NÂO quando eu estiver esperando um SIM, mas não terei perdido, pois ai, não estarei perdido.

Acho que em sonho eu perguntei e que no sonho ela disse que sim.

É verdade que as histórias de amor teem finais tristes, mas normalmente só são contadas até seus finais felizes. Sendo assim, uma história só acaba quando nasce a ilusão do felizes para sempre.

Toda história de amor deveria ter seu fim, assim não haveriam Histórias em Pedaços.

Histórias em Pedaços - parte V : A Verdade e A Luz

Cento e vinte horas, foram cinco dias passados desde a ultima vez que a vi, dias esses em que nenhum minuto se passou sem que eu pensasse nela.
Enfim, nos encontramos no lugar de sempre. E eu esperava realmente ter um minuto para dizer o que tenho ensaiado desde o segundo em que disse "Até logo"... Logo pode demorar muito. Mas havia muita gente lá, todos falantes e eu juro que tentava, mas não consegui prestar atenção nas palavras deles.
Uma pessoa lá, além dela, me chamou atenção, não como ela, mas por parecer próximo demais a ela... Isso parece ciúme, não parece? Ora, mas quem ama sente ciúme...
O que estou dizendo? Então é verdade, finalmente libertei a palavra guardada a tempos. Amar, Amor...

Dizem que o amor cega, eu digo: O Amor apenas escurece o mundo e ilumina a pessoa amada, então tu passas a confundir qualquer raio de Sol, qualquer feixe de luz com quem amas.

Mais uma chance se passou e eu desperdicei, fiquei sem ação, quando a luz é forte demais a gente não fica só cego, mas também atordoado.

Histórias em Pedaços - parte IV : A Coragem e O Medo: Sobreviver


“Ela pos os cotovelos sobre a mesa e se apoiou em uma das mãos enquanto a outra ficou sobre a mesa, livre, era como se ela esperasse que eu a segurasse, mas eu não segurei...”.

É complicado dizer o que se sente, não dá só pra chegar e cuspir as palavras, quer dizer, se eu só disser o que sinto e não houver um clima especial que daria, teoricamente, certa credibilidade pro tal sentimento, o que ela vai achar? Vai ser só uma informação...

Eu não sou do tipo mais corajoso, mas aprendi a pouco tempo que não dá pra esperar pra sempre, se eu não escolher caminho algum, pra onde eu vou? Ficaria parado aqui e só. Um tal “Senhor Ninguém” foi quem me ensinou, se não fizer as escolhas não viverei os acontecimentos provenientes dela, mas eu não sei o que vira depois de cada uma.

Eu tenho medo, sou “ferível”, “matável” e “morrível”, sou HUMANO. Mas ainda assim, ao menos dessa vez, não vou ser impedido de tentar, alias que escrevam em seus cadernos e em suas mentes, nunca esqueçam a promessa que farei:

- Juro, nunca, NUNCA mais desistir por medo ou acomodação. JURO!

Ela quase me fez chorar outro dia, ela não me feriu ou tentou matar, mas eu quase morri, felizmente “continuei vivendo”... Eu posso estar errado, mas apesar da música dizer coisas como “consigo viver sem você” eu senti como se dissesse “não consigo viver sem você” – era o que eu queria dizer... E não disse.

Antes dos tais acontecimentos, uma boa amiga me ajudou, ela disse “liga pra ela” e eu viria a tentar, mas... Ainda não tinha feito essa promessa.

Histórias em Pedaços - parte III : A Espera e O Tempo

Eu fico triste com o tempo que ousa se manter vagaroso ao que espero que corra. Criei uma desculpa pra encontrar ela, alias, acho que ela foi quem criou, mas nunca parece dar certo, é como se o destino tivesse armado pra se alimentar da minha angustia, maldito seja! Bendito esse que me fez ler o tal jornal que me levaria a, sem saber, encontra-la. Espero nunca mais perdê-la, ainda que seja só de vista.

Li uns versos em certo lugar, algo sobre cumplicidade, dizia em outras palavras que o autor conhecia tanto a pessoa amada que poderia ele mesmo escrever sua biografia. Eu achei incrível, fechei os olhos e desejei um dia conhece-la a ponto de saber exatamente o que fazer e o que dizer para surpreendê-la positivamente.

Não sei se gosto do que escrevo, não sei se alguém realmente lê do jeito que eu espero estar escrevendo... Ela disso ter gostado de algo que escrevi, não vejo a hora de encontrá-la pra perguntar o quê e dizer que escrevi pensando nela, como tudo tem sido pra ela.

Histórias em Pedaços - part II : A Expectativa e A Dúvida

Ainda me surpreendo ao cometer os mesmos erros, semre digo a coisa errada na hora certa e as coisas certas nas horas erradas, queria eu saber o que e quando dizer.

Talvez ela ache engraçado, sei lá, talvez errar na hora certa seja um dom, até mesmo saber o que é certo a dizer - ainda que na hora errada - possa ser bom... quem sabe ela me acha engraçado?

Palhaço que sou, amaldiçoado a chorar, a lágrima que não ousa cair dos meus olhos mas está sempre lá, prestes a suicidar-se do alto da minha face branca passando pelo me nariz vermelho.

Eu fico criando espectativas enormes sob formiginhas que mal conseguem se levantar após atordoadas por palmadas alheias a ninguém. Mas não dizem que as formigas carregam cem vezes o seu próprio peso? Sabe-se lá... Queria ver uma formiga de sete gramas me carregar.

Fragmentado

Ela nunca disse que sim, também nunca disse que não, mas eu nunca perguntei nada.

Histórias em Pedaços - Parte I : A Percepção

Roubou minha atenção, com um comentário a beira do ouvido me fez arrepiar dos dedos do pé à nuca. O jeito que ela sorri os olhos riem junto, semre achei isso adoravel.

É tão apaixonante que, com frequência, as alavras se recusam a sair de sua boca, como as invejo.

Está cansada esses dias, seus olhos me disseram... mesmo assim ela parece elétrica do meu lado, será só comigo? Pode até ser egoismo, mas espero que seja.

Um dia desses eu só sabia que tinha mais alguém na roda, eu a percebi aos poucos, do mesmo jeito que fui me aproximando, sem nem perceber como se meu corpo estivesse imantado com o olo inverso dela. Eu sou assim feio, ela é daquele jeito, surpreendentemente bela. No que sou grande ela é pequena, engraçado, erto dela eu é que me sinto diminuir.

' Sobre passos e folhas.

Engraçado, eu estava andando por ai, vendo o outono modificar o meu mundo. A cada passo que eu dava em frente uma folha se libertava daquela árvore que parecia estar sempre do meu lado, libertando assim também aquela árvore para que novas folhas possam tomar o seu lugar. Eu a principio havia achado aquilo meio chato, quer dizer: será que as árvores sentem frio? Pois se sentem estariam desprotegidas agora sem sua folhas. Mas depois de mais alguns passos dados e algumas folhas caidas eu percebi o óbvio, percebi que aquilo era nesessário para que no inverno aquela árvore estivesse com folhas novas e mais fortes. Então, mais alguns passos e folhas no chão me fizeram perceber que a cada passo que eu dei na vida e que meus amores antigos já sem cores foram se desprendendo de mim, eu me libertei para que novos amores pudesem nascer em mim, amores fortes e que vão me aquecer quando o frio chegar.

(Andrews Nycolas T. Cordeiro)

Fogo frio... gelo seco...

"Aqui é quente, absurdamente quente
Meu suor é frio, antagõnicamente frio

Minha casa sempre cheia de gente
Mas eu sempre sozinho

Trancado no meu quarto sem portas
Tv alta perto do rosto

- Acho que vou pra rede...

Um... dois... três... varios controles na mão
Nenhum deles me controla.


Aqui é quente, mas meu suor é frio."

The Star

Twinkle, twinkle, little star,
How I wonder what you are!
Up above the world so high,
Like a diamond in the sky.

When the blazing sun is gone,
When he nothing shines upon,
Then you show your little light,
Twinkle, twinkle, all the night.

Then the traveller in the dark,
Thanks you for your tiny spark:
He could not see which way to go,
If you did not twinkle so.

In the dark blue sky you keep,
And often through my curtains peep,
For you never shut your eye
Till the sun is in the sky.

As your bright and tiny spark
Lights the traveller in the dark,
Though I know not what you are,
Twinkle, twinkle, little star.

Escrito por Jane Taylor

"Ao acaso um encontro"

Um dia desses, eu tava sentado na beira o rio, admirando a água corrente quando um galho de árvore ligeiramente grande que vinha com a correnteza me chamava a um passei.

Subi no galho e deixei a correnteza me levar, olhando pro céu cujas nuvens quase impediam o sol de brilhar eu me peguei a pensar no passado.

A quantas estrelas solitárias como o Sol eu já não havia feito companhia? Não era uma lista grande, mas era uma grande listas. Todas aquelas estrelas me faziam pensar, porque agora eu estava sozinho? Sem conclusões.

Lembrei-me de certa estrela, uma das ultimas a quem eu fizera companhia, e nossa, como ela ainda brilhava na minha memória recente, havia sido e ainda era a mais apaixonante e turrona de todas as estrelas... Mas não haveria de ser a ultima!

Eu sonhando pelo caminho vinha pensando em quem sabe um dia reencontrá-la e dizer o tudo que eu sinto e o quanto me fez sentir mal e aprender e até crescer comigo... Só sonhando.

Ao tempo que eu sonhava a correnteza me levara pra outro lago, de onde eu pude ver a tarde chegar e me trazer, ao que levava o Sol e as nuvens, uma daquelas estrelas que eu havia feito companhia, uma estrela que eu não deixava brilhar na minha memória. Dessa vez ela brilhou, bem na minha frente.


Por isso eu agora sei, que o nunca não existe realmente. E que o rio é que define com o tempo pra onde vamos e que estrelas encontraremos.

"Passividade"


Uma réstia de luz fugiu da janela iluminando meu rosto adormecido até então. De vagar fui acordando e recobrando os sentidos. Olhei pro relógio ao meu lado, quatro da tarde, eu tinha perdido metade do meu dia.

No dia seguinte ouvi um barulho esquisito, minha barriga roncava mais alto que eu, levantei e fui comer. Eram cinco da manhã. Ao chegar a tarde, por volta das três e meia, eu estava cansado demais pra continuar em pé. Fui dormir e perdi o resto do dia.

Alguns dias depois, resolvi que não dormiria por dois dias seguidos pra compensar. Passei horas lutando contra o sono usando de escudo uma boa distração e como espada um café bem forte.

Por três dias fiquei acordado, três dias. Três dias nos quais tudo que eu fiz foi mal feito, dias em que não consegui concluir um simples pensamento. E ao fim, dormi por mais dezesseis horas.

No sonho alguém me disse uma frase curta e conclusiva:

“Não se pode controlar tudo.”

Coisas que todo homem já teve, tem ou vai ter

1. Um album de figurinhas que nunca completou, nem pretende, mas gostaria.
2. Uma lista com as garotas que "pegou" ou VAI "pegar", ainda que não esteja escrita em lugar algum. Mesmo que seja tudo ilusão.
3. Um HQ¹ - ou mais - e/ou um mangá²
4. Uma música que faz lembrar a ex. [I'm Here Without] #crying
5. Um CD arranhado que não vai pro lixo porque é "foda" e "foda-se" se não posso ouvir.
6. Uma camisinha na carteira - em alguns casos por anos a mesma - É preciso estar sempre preparado.
7. "Um sonho que nunca contou pra ninguem" e nem vai contar por que é macho.
'Editado: 8. Uma foto vestido de algum animalzinho "fofinho" na infância [Dica do Hiago]

Este post é em resposta a "Coisas que toda mulher já teve, tem ou vai ter"

"Você tem algum item legal pra acrescentar? Dê sua sugestão nos comentários!"


¹História em quadrinhos, revistinha.
²HQ de estilo Japônes, lido do "verso" para a "capa"
_____________________________________________________________________________

Agradecimento especial para Giovana Alves que escreve no "Tudo Por Um Chocolate" o qual inspirou o post que acabás de ler.

Sobre folhas no quintal

Belém, a cidade onde moro, é um lugar chuvoso, parece que a chuva é cronometrada, deu três horas se ainda não choveu tem alguma coisa errada. Contudo, certas vezes, no bairro onde moro, acabo tendo que mudar meu caminho por conta de alagamentos e afins.

Isso me fez pensar: quantas vezes chove na vida da gente e temos que mudar nosso caminho? Certas vezes planejamos algo que, por algum motivo subverso ou não, nos faz rumar por outro caminho.

Eu lembrei de uma vez, quando eu era criança, moravamos, minha familia e eu, em uma casa com quintal vizinhos de um terreno desabitado onde havia uma árvore que se inclinava intrometida sobre o nosso quintal. Toda vez que o Outono chegava, suas folhas cobriam o chão no quintal, minha mãe me fazia varrer.

Como uma pessoa normal eu tentava arruamr as tais folhas em um monte, mas era impossivel, o vento de Outono soprava levando as folhas pra longe do monte, que depois de duas brisas já nem existia. Não adiantava, se o vento não quisesse, eu não conseguia arrumar as folhas.

É um coisa sobre a vida que temos que entender e aceitar: Não importa se foi a chuva que alagou o seu caminho ou se foi o vento que soprou a sua folha pra longe, seja como for, temos que aceitar e continuar a varrer.

Pela areia da praia

É tão instigante como a gente funciona, é como se o corpo fosse apenas um recipiente onde vamos guardando coisas: lembranças, sentimentos, cicatrizes. Talvez deva ser assim mesmo, ou não, talvez a vida seja apenas coletar conchas e por no baldinho de areia.

Mas e quando o badinho de areia ja ta cheio? Não dá pra pegar as conchas mais antigas, aquelas do fundo do balde, e jogar fora pra guardar novas, ainda que as novas sejam mais lisas e brilhantes, não tem como esquecer aquela concha que te cortou o dedo e que guarda gotículas do teu sangue, não tem como esquecer, ela está sempre lá, no fundo do balde

"Uma verdade, um verso"

A rítimica que tento compor em meus versos está cheia de ferormônios ardorosos pra te consquistar.

[...]

Depenado

Quando a chuva cair e você não prestar atenção
Vou estar chorando pensando naquelas palaras
Quando disse o que disse e não se ouviu
Prestando minha atençao a você eu fui ferido

Quando o Sol se esconder e isso não te abalar
Vou estar aqui fechando meus olhos de dor
Quando fez o que fez e não se deu conta disso
Prestando-te toda a minha confiança eu cai

Fui derrubado uma vez e outra
E todas pelas suas mãos que as vezes ainda sinto
Como se me segurasse só pra me ver caindo devagar

Mas eu estou solto e pronto pra voar
Pena não ter asas nas costas
Pena só ter nas mãos as penas que recolhi do chão

Verdade de hoje

Eu me conecto no mundo mais uma vez
Só pra perceber que ele não se desconecta de ninguém
E que apesar deu aparentar estar desconectado
Estou sempre lá esperando você entrar

[...]

Soneto Infinitivamente Complexo

Palavras apenas, ainda que pequenas
São tudo o que tenho agora para ti
Em nexo ou desnexo
Anexo sentimentos afáveis nestes anéis sem fim.

Versos complexos podem não te fazer sentido
Mas esses tais versos de nada adiantariam
Se aquilo que digo não fizesse sentido.

Palavras que jogo ao vento apenas por jogar
Comecei tentado falar mas apenas consiguo rimar
E uma rima parece infinita aos olhos poéticos da minha mente embasbacada

De nada por ter te confundido.
De nada por não ser nada daquilo
Que você esperava que eu fosse.

"Um anjo de outrora"

Em outrora hoje, que já se fez ontem
Veio anjo de teus pés pisar minh'alma
E minh'alma caminhada, encaminhada ao abismo
Fez-se lembrar do teu riso e rio

Por outrora hoje, que já se fora amanhã
Veio anjo de tuas mãos socar meu rosto
E meu rosto de ti socado
Fez-se púrpura, vermeho, esbranquiçado

Nessa hora, que não se fez tempo
Veio o tempo o anjo envelhecer
De pecados, fez-se crescer
Em teu corpo meus desejos, e vejo

Só agora o que não pude em outrora
Que apesar do apogeu chegar as claras
Ninguém mostra a cara ao fugir
E correm anjos a voar, no céu ondas claras.