A Verdade Sobre o Padrão - parte II

Já estávamos na varanda da minha casa, eu ainda não dizia nada, ela também não, nem era preciso. Ela estava mais perfeita do que nunca. Estranhamente, comecei a notar algumas coisas diferentes nela. Ela usava um batom vermelho que eu não recordava de tê-la visto usando antes, era estranho, pois parecia ser a cor que outro afeto, um mais fraco, costumava usar. Notei nela, algumas diferenças que me faziam lembrar de algumas mulheres que tive depois dela.

Pele branca, pálida. Cabelo c... Não adiantaria listar o que eu amava nela, eu amava quem ela era, por isso que procurei por ela em todas as seguintes, em vão. Mesmo aqueles olhos, que quando se repetiam em outras faces geravam amor instantâneo no meu peito, não eram suficientes para... Eu nem sabia o que eu procurava.

Vendo nela as outras que se passaram, como ela, vi que o que eu procurava era justamente ela. Quando eu finalmente entendi, de todos os lados pessoas sujas começaram a vir, eu lutei com eles, não foi difícil afastá-los, mas logo em seguida ela me disse que tinha que ir:

- Não vá, não agora.

- Eu volto, só tenho que ir "bem ali".

Ela disse e eu acreditei. Entrei em casa, perguntei pra quem estava lá se viam ela. Todos afirmaram. Ela era real, eu não estava vendo fantasmas.


(continua)