"Ao acaso um encontro"

Um dia desses, eu tava sentado na beira o rio, admirando a água corrente quando um galho de árvore ligeiramente grande que vinha com a correnteza me chamava a um passei.

Subi no galho e deixei a correnteza me levar, olhando pro céu cujas nuvens quase impediam o sol de brilhar eu me peguei a pensar no passado.

A quantas estrelas solitárias como o Sol eu já não havia feito companhia? Não era uma lista grande, mas era uma grande listas. Todas aquelas estrelas me faziam pensar, porque agora eu estava sozinho? Sem conclusões.

Lembrei-me de certa estrela, uma das ultimas a quem eu fizera companhia, e nossa, como ela ainda brilhava na minha memória recente, havia sido e ainda era a mais apaixonante e turrona de todas as estrelas... Mas não haveria de ser a ultima!

Eu sonhando pelo caminho vinha pensando em quem sabe um dia reencontrá-la e dizer o tudo que eu sinto e o quanto me fez sentir mal e aprender e até crescer comigo... Só sonhando.

Ao tempo que eu sonhava a correnteza me levara pra outro lago, de onde eu pude ver a tarde chegar e me trazer, ao que levava o Sol e as nuvens, uma daquelas estrelas que eu havia feito companhia, uma estrela que eu não deixava brilhar na minha memória. Dessa vez ela brilhou, bem na minha frente.


Por isso eu agora sei, que o nunca não existe realmente. E que o rio é que define com o tempo pra onde vamos e que estrelas encontraremos.

"Passividade"


Uma réstia de luz fugiu da janela iluminando meu rosto adormecido até então. De vagar fui acordando e recobrando os sentidos. Olhei pro relógio ao meu lado, quatro da tarde, eu tinha perdido metade do meu dia.

No dia seguinte ouvi um barulho esquisito, minha barriga roncava mais alto que eu, levantei e fui comer. Eram cinco da manhã. Ao chegar a tarde, por volta das três e meia, eu estava cansado demais pra continuar em pé. Fui dormir e perdi o resto do dia.

Alguns dias depois, resolvi que não dormiria por dois dias seguidos pra compensar. Passei horas lutando contra o sono usando de escudo uma boa distração e como espada um café bem forte.

Por três dias fiquei acordado, três dias. Três dias nos quais tudo que eu fiz foi mal feito, dias em que não consegui concluir um simples pensamento. E ao fim, dormi por mais dezesseis horas.

No sonho alguém me disse uma frase curta e conclusiva:

“Não se pode controlar tudo.”