Soneto de calor

Eu peguei minha arma carregada

E mirei a testa nela grudada

A testa suou e eu também

Pensei “será que devo?”.


Contudo aquela bendita testa

Ainda tinha muito tempo adiante

E na verdade não era escolha minha

Se ela ainda suaria ou apenas adormeceria


Eu juro que tentei com toda minha vontade

Mas não pude de jeito algum

O gatilho não travou meu dedo sim


Tentei por vezes e não consegui

Matar esse amor que eu guardo aqui

Agora minha é a minha testa está salgada

Soneto de Dúvidas

Talvez as palavras que compõem meu vocabulário

Não sejam suficientes para descrever meu sentimento

Talvez meus gestos mais bem pensados

Não tenham efeito

Talvez você nunca saiba o que há aqui dentro

E nada do que eu venha a dizer

Vá te causar um lamento

Talvez, apenas talvez.

Mas ainda há um talvez

Que precederá outros vários deles

Talvez você saiba

E talvez sinta o mesmo

Quem sabe talvez

Não seja uma dúvida afinal

Soneto do que não dá pra mudar

Os dias passam hoje como passaram antes

Ainda assim hoje eu os vejo passarem diferentes

É como se agora eu pudesse usar o tempo que tenho

Ainda que todo esse tempo não supra minhas necessidades

A plástica de minhas palavras bem arranjadas

Pode até iludir alguns com meu insípido conhecimento

Mas a mim, quem eu mais queria iludir, talvez nunca consiga.

Logo eu, quem mais precisa de ilusão, quem mais precisa de uma fuga.

Logo minhas excessivas palavras excederão meu conhecimento

E meu vocabulário se apagará com o fluir do tempo

E nada mais me restará a não ser o meu atraso

Os dias continuam como antes eram e ainda continuaram a ser

Ainda que meu olhar confuso tenha mudado completamente

Eles continuaram passando e eu continuarei ausente

Soneto de "Comecei pensando no Crepusculo ai anoiteceu e eu perdi a inspiração"

Um dia eu acordei e não tinha medos

Me olhei no espelho e não me vi

Cortei meu pulso e não sangrei

Andei no escuro e não tropecei

Um dia eu caminhei a luz do sol

Olhei o céu meio avermelhado

Começou a chover e eu me molhei

Andei pela rua e pisei nas possas

Um dia eu era um homem normal

No outro nem ao menos homem eu era

O coração no meu peito já nem batia

Um dia eu me lembro de ter chorado

E depois de ter sangrado

E então de ter me matado

Soneto para Bela

Loops torturantes compõem sua figura

Uma maquiagem limpa e pura

E o desejo que me chama à fruta

Tão macia e suculenta


Todo o afeto que demonstra

Sincero e livre de pecado

Todo o carinho no peito guardado

Eis o que um dia eu havia sonhado


E ainda que tarde, encontrei.

Quando não mais eu procurava

Minha menina bela e carinhosa


Não é de direito meu

Tê-la de minha assim chamado

Mas eis que assim te deixo chamar-me teu

Encurtado

"Só ela me faz sentir assim
Como se todo o sofrimento do mundo tivesse fim
Como se todas as dores se juntassem em mim
Só ela me faz sentir
Com um inicio, um meio e um fim."

Chiliques ansiosos

Marimbondos invadem meu estomago
Zunindo e gritando em meio a revoada
Que ansiedade é essa que me faz chilicar?
Subindo do meu estomago à minha mente.

Vou pro desconhecido
Mas não vou sozinho
A menos que eu tenha sido esquecido
Eu não estarei sozinho

Enfim, ainda faltam alguns minutos para eu sair
E já estou prono a horas
O que há em mim?

Aquele sempre chegara atrasado
Já está pronto antes do tempo ser chegado
Que ansiedade é essa que me faz chilicar?

Mudanças

Já se olhou no espelho e não soube quem olhava de volta?
Já olhou pra frente e viu que ninguem o esperava?
Já viu como o dia parece estar frio e escuro?
Já sentiu como se estivesse acabando o mundo?

Eu já, mas não me sinto mais assim:
Eu reconheço o rosto ansioso no espelho;
Eu posso ver o que me espera a frente;
Não sinto o frio, porque a luz aqui é quente;
Sei que esse não é o fim do mundo e que mesmo que seja está tudo bem, pois estou bem também.

Tentando voltar a vida, versos

Já escrevi muito
E vivi quase tanto
Vi dias se passarem
E me vi perder o encanto
Desacreditei na vida
Me desliguei de contatos
Não havia na vida
Dias a serem lembrados

Agora eu escrevo pouco
E penso tanto
Vejo duas vidas imensas
Abertas por encanto
Eu posso escolher
Mas não sei ao certo
Só sei que seja qual for
Vai ser o melhor

A melhor escolha
É aquela que dói fazer
O melhor prazer
É o de dar prazer
Eu só quero agora fazer
Um sorriso nascer
E cuidar que ele continue com vida
Enquanto a vida me levar

Sem asas

Lembra?
Lembra daquela vez?
Eu lembro, sempre que fecho os olhos.
Só assim eu posso voar.

Lembra daquela vez
Em que você me viu
E o meu coração
Quase te ouviu
Gritar meu nome mesmo sem saber
(Quem eu sou)
E pude ver você(êee)
E asas pude sentir
Nascer em mim.

Sei... Que não posso te encontrar
Mas sem você aqui
Sou um anjo sem asas.

Eu saltei do lugar mais alto
Achando que poderia voar
Mas bem tarde eu percebi:
Que não podereia sem você aqui.

Sei... Que não posso te encontrar
Mas sem você aqui
Sou um anjo sem asas.
Sono, não tenho muito a dizer ao não ser se sonho.
Mas o que sonhar? Devo sonhar com aquilo que quero?
Eu gostaria, talvez, ao menos em sonho, eu pudesse ver o quero acontecer.
Lembro-me de uma vez, eu estava sem saber o que queria, em dúvida entre dois amores.
E então, sem saber a resposta eu resolvi dormir.
Dormi e sonhei, sonhei um sonho que me mostrou todos os caminhos que eu poderia seguir.
Nesse sonho eu escolhi e nesse sonho meus olhos eu abri.

Sentado na varanda vermelha da minha casa de sonhos:

Uma brisa fria me soprou a nuca;
Fez-me lembrar da primeira vez em que avistei o seu encanto;
Pois aquela brisa fria soprara a boca do meu estomago naquela noite quando a vi.
Lembrei-me do chápeu que cobria seu rosto quando para baixo olhava, o que havera feito muitas vezes, talvez, não por sentir-se fraca, mas pelo fato da maioria estar abaixo de ti.
Por conta deste percausso não pude ver seus olhos direito, não sem ter que me aproximar e te fazer olhar para cima onde estava, e ainda está, meu rosto suspensso, mas eu pensava: "O que eu vou dizer?" E nada me vinha à cabeça. Como pudera? Eu, um compositor, escritor e poeta criativo e com a mente sempre a mil, ficara sem palavras. Contudo, com auxilio de amigos que chegaram a ti, eu fui logo te conhecer, falei contigo e te cumprimentei, no minuto em que respondestes olhando para mim, logo me assustei:
- Meu Deus - Eu pensara - Eu te conheço, mas de onde? Então, relembrei do sonho que havia tido por varias noite durante a vida: Uma luz que me cegava e me fazia perder os sentidos, me deixara zonso e mal de pé eu pudera ficar, quanda minha visão aos poucos voltara, ao acostumarme com aquele resplendor de luz que em seus olhos carregava, eu pudera ver uma silhueta feminia, magra alta e linda, de cabelos cumpridos e de forma natural lisos.
De fato, eu nunca pude ver em meu sonho o rosto deste tal ser, mas quando a vi, tive certeza de que eras tu. E agora que a encontrei, não sei ao certo o que fazer, pois em meu sonho nada mais eu fazia após ficar encantado por ti, minha vida se completava e o sonho acabava, contudo acho qque os finais dos sonhos devem ser compostos na vida, por isso, estou te buscando, buscando para finalizar o meu sonho de vida, viver o amor que guardei as escondidas na calada da noite e na luz do dia, viver um amor que tenho guardado e acumulado no peito a cada dia, viver tudo isso contigo.

' Saudades

Saudade de ver seus rosto agora quase escondido
Saudade de pegar tua mão e te ver sorrindo
Saudade de olhar pra você sem saber o que dizer
Saudade de quando não tinha saudade de você
Saudade dos dias que pude te encontrar
Pois nesses dias saudade nunca há.