Amor: amo-te como quem ama a vida.

Amo-te como quem sou suicida.

Amo-te por amar-te vívida.

Amo-te de te amar, sinta:

Como te amo só de amar, querida.

Em meus versos não posso falar.

Pois te amo sem saber como amar.

E amar sem saber o amor.

Quem é, onde esta, onde estou.

Ignorante é o amor iniciante.

Sem saber as regras jogo esse jogo perdido.

Aprendendo a cada rolar dos dados.

Que sem lados de cem me mostra a vida.

Que eu amo como a ti, querida.

E a ti só não engano.

Por estar enganado de te amar perdido.

De jogar outra vez os dados ao céu.

Que caídos ao chão, determinado é o caminho.

Caminho que sigo e sigo e sigo.

Perdido, perdido, perdido.

Em ecoar o teu nome, amor, amor.

E amar-te como amo à vida, ávida ferida.

E repetir como te amo de doer o peito.

Por amar-te e pronto.

Terminando meus versos todos com um ponto.

Digo de novo e em voz alta:

Amo-te por amar-te vívida.

E repetindo meus versos ganho tempo;

De pensar em novos versos a tempo;

De encantar-te, oh amor ao relento;

Não mais está, pois eu te acompanho.

Lembrando da vida apesar de pequena.

Ávida ferida me lembra, me lembra.

O ecoar dos meus sonhos, tão pouco vividos.

Mas te amar em meu sonho eu vivo, eu vivo.

O ecoar desse sonho que lembro que lembro.

De lembranças um beijo eu sonho bom sonho.

Vou calar os meus versos querida, querida.

Que ecoando me fazem repetir tudo outra vez;

Repetir de repente o repente sem traços.

Cem traços eu digo repito e repito.

Em meus sonhos te digo, eu grito, eu grito.

Que te amo te amo, te amo, te amo.

E amo-te como quem ama a vida.

Amor: Não se esqueça que amo a vida apesar de sofrer.

E por ser suicida, apenas por viver.

Amo-te assim mesmo, amor, amor.

Do meu peito repito de novo e outra vez.

Que te amo te amo, te amo, te amo, te amo.

Amo-te por amar-te vívida.

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