Ode ao Pequeno Sonhador

Era uma vez um pequeno sonhador;

Que, certa vez, preferiu dormir por horas a mais.

Ele não sabia que um dia;

Seria cantado em versos deste trovador rapaz.

'

Está ode que voz canto;

Vem em pranto e esplendor;

Vem de um sonho que sonhou;

Vem do sono sonhador.

'

Está ode que voz canto;

Com encanto versos doces;

De um conto sonhado;

Em um sonho sonhador.

'

Em seus sonhos pequenos;

O pequeno sonhador inspirado;

Cantava odes de seu próprio pensamento;

De si próprio inventado.

'

Caminhando dentre as nuvens;

A correr céus e mares;

Velejar ventos e trovões;

Levando a mão uma harpa de sonhos.

'

O pequeno sonhador;

Soltava trovas de rancor;

Lançava versos de emoção;

Cantava odes de amor.

'

Aventuras vivia e viveu;

Por muitas noites o pequeno plebeu;

Por muitos sonhos que correu;

Num certo deles que morreu.

'

Nesta ode que voz canto;

Venho a derramar meu pranto;

Sobre min’harpa e meus dedos;

Pois chora minh’alma e meus medos.

'

Se fora em ode, oh! Sonhador.

Se fora em versos, oh! Trovador.

Se fora de vez, oh! Pequeno.

Se fora aventurar-se sem veneno.

'

Agora o vento sopra seus sonhos reais.

Já não vive mais, pequeno sonhador;

Mas ainda sonha, e trova trovador.

Suas odes que canto em pranto e amor.

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