Pela areia da praia

É tão instigante como a gente funciona, é como se o corpo fosse apenas um recipiente onde vamos guardando coisas: lembranças, sentimentos, cicatrizes. Talvez deva ser assim mesmo, ou não, talvez a vida seja apenas coletar conchas e por no baldinho de areia.

Mas e quando o badinho de areia ja ta cheio? Não dá pra pegar as conchas mais antigas, aquelas do fundo do balde, e jogar fora pra guardar novas, ainda que as novas sejam mais lisas e brilhantes, não tem como esquecer aquela concha que te cortou o dedo e que guarda gotículas do teu sangue, não tem como esquecer, ela está sempre lá, no fundo do balde

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