"Passividade"


Uma réstia de luz fugiu da janela iluminando meu rosto adormecido até então. De vagar fui acordando e recobrando os sentidos. Olhei pro relógio ao meu lado, quatro da tarde, eu tinha perdido metade do meu dia.

No dia seguinte ouvi um barulho esquisito, minha barriga roncava mais alto que eu, levantei e fui comer. Eram cinco da manhã. Ao chegar a tarde, por volta das três e meia, eu estava cansado demais pra continuar em pé. Fui dormir e perdi o resto do dia.

Alguns dias depois, resolvi que não dormiria por dois dias seguidos pra compensar. Passei horas lutando contra o sono usando de escudo uma boa distração e como espada um café bem forte.

Por três dias fiquei acordado, três dias. Três dias nos quais tudo que eu fiz foi mal feito, dias em que não consegui concluir um simples pensamento. E ao fim, dormi por mais dezesseis horas.

No sonho alguém me disse uma frase curta e conclusiva:

“Não se pode controlar tudo.”

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