O Conto do Navegante
Por Andrews Nycollas
Prólogo:

Diário de Bordo, 30 de Outubro:

Ontem, acordei com o Sol indo embora a bombordo da proa, o vento soprava para o leste, estiquei as velas e fui ao encontro da Lua. Oriôn estava sobre minha cabeça quando o mar se enfureceu, talvez, por eu não fazer nada. Como me foi ensinado, virei o navio e fui de proa quebrando as ondas, mas o vento virava sem avisar e eu não pude acompanhar. Foi quando uma onda gigantesca se formou vindo em direção à popa do meu navio. Eu não pude escapar.

Meu navio sofreu algumas avarias, quase fui a pique, estou realmente receoso de acabar a deriva, posso estar perdido a muito tempo, mas ao menos ainda posso navegar. Perdi uma das velas, felizmente não a principal, o casco está com algumas rachaduras, mas nenhuma grande o suficiente que eu não possa concertar, perdi a sereia da proa.

Depois de ontem e da onda gigante, fiquei bem mais perdido, já não conheço essas constelações. Escorpião parece cada vez mais a oeste, virgem aparece cada vez em um lugar diferente. E a Lua nunca foi tão grande.

Se alguém ler estas palavras tal como ordenadas, peço apenas que reze. Reze não por mim mais pela alma daqueles que estão, tal como eu, perdidos no mar. Que Deus os ouça, quem dera eu soubesse rezar.

PS: De agora em diante farei deste diário de bordo um livro onde contarei minhas aventuras e os fatos que eu julgar interessantes, desde já me desculpo se os lê, podem faltar detalhes, mas espero que possam preencher as lacunas em meus contos com sua imaginação.

O Navegante

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